PROTOCOLO DE ACUPUNTURA
BEBÊ RENA
O mundo está se tornando cada vez mais estranho para acreditarmos que somos tão comuns. A Era digital desempenha um papel fundamental no cenário de uma nova fase evolutiva da humanidade, trazendo benefícios e desafios ao mesmo tempo.
Passamos 5 horas por dia conectados nas redes sociais, tentando viver de acordo com as regras dos outros. Seguimos e somos seguidos por ideais que, na maioria das vezes, nem percebemos para onde estamos indo, muito menos como chegaremos lá.
Algoritmos moldam os detalhes do feed para nos apresentar aquilo que apreciamos. Quando o conteúdo oposto não é exibido, perdemos a visão completa e passamos a criar contradições. Isso pode ser um problema…
A série Bebê Rena, disponível na Netflix, mostra uma realidade de problemas mentais silenciosos, que começam a tomar forma em nossa sociedade, e que precisam ser compreendidos profundamente.
Adicione a essa observação a personalidade imposta por experiências únicas, muitas vezes traumáticas, que podem causar problemas internos invisíveis, prejudicando aqueles com quem nos relacionamos.
Algoz e vítima se cruzam por mensagem direta ou nos likes que preferiríamos não ter, após tudo se desenrolar. O mundo contemporâneo é complexo e cheio de desafios, com a evolução ditando seu curso de acordo com as perspectivas gerais.
Tudo isso desencadeia em mentes inclinadas um novo tipo de comportamento, que se assemelha em parte ao TOC, com a distinção de que, no primeiro caso, a pessoa reconhece que suas ações são irracionais e, quando percebido, é possível se libertar de suas consequências.
No caso, do stalker o mecanismo é o mesmo, contudo, qualquer ato compulsivo aqui é justificado. E por isso o stalker faz mal, causa medo e provoca danos em sua vítima ao ponto de não medir esforços de estar ou melhor possuí-lo de forma integral.
A carência emocional monta o pano de fundo de todo stalker, que preenche seu ego por camadas vazias de valores, essa condição normatiza suas atitudes, como se suas vítimas lhe devessem algo.
Algoz e vítima se cruzam por mensagem direta ou nos likes que preferiríamos não ter, após tudo se desenrolar. O mundo contemporâneo é complexo e cheio de desafios, com a evolução ditando seu curso de acordo com as perspectivas gerais.
Estamos diante de uma psicopatologia tão séria quanto o narcisismo. A distinção está no sequestro emocional realizado por essas pessoas, que optam por uma abordagem de contato um pouco mais sutil, levando suas vítimas a acreditarem que o exagero é algo criado por elas mesmas.
Nesse ínterim, as mentiras, as tramas e a aparência inocente fazem com que tudo o que foi planejado na noite anterior pareça ser apenas um equívoco, mais um, na verdade. Qualquer vítima de um perseguidor acaba enfrentando problemas frequentemente semelhantes aos do agressor, com uma distinção marcante.
Muitas vezes algoz e vítima se encontram nas semelhanças traumáticas de uma vida democrática, que distribui a todos sua parcela de injustiças. Abusos sexuais, violências físicas e agressões emocionais são sim parte de uma causa comum aos dois, mas apenas um deles, se transforma naquele que provoca mais danos ao outro que, no fundo pensa de modo inocente que seu comportamento não é nada além de algo inofensivo.
Sem fazer juízo de valor sobre a intenção de cada um dos envolvidos, me envolvo por enquanto teoricamente nesse embróglio para utilizar minha liberdade condicional e postular um atendimento a um deles.
Desde o início da minha carreira profissional, busquei interagir com o limite que divide os lados entre a loucura e a lucidez. Através de meus pacientes, essa barreira sempre foi muito bem testada na prática. Ato, que me produziu algo incenssato (talvez), mas necessário.
Na possibilidade de escolha estarei sempre disponível para casos mais complexos, difíceis de compreender e impossíveis de obter qualquer nível de melhora. Foi assim com pacientes tetraplégicos que voltaram a mexer seus dedos e sentir suas pernas, ou em alguns tipos de câncer incuráveis, que encarei para desafiar o impossível; ou ainda os narcisistas com suas ameaças veladas por elogios reconhecidos pelo aroma do medo que exalam.
Obviamente tudo isso parece arrogante mas só parece, aqui ou aquolá me obrigo contar a verdade por meio de fatos!
Em teoria por enquanto, questiono a todos:
E se algum paciente chegasse ao seu consultório assumindo a condição de stalker? Você teria os recursos necessários para atender suas demandas?
Por onde você começaria esse atendimento?
Aqui eu garanto que qualquer conhecimento sobre água gelada, esparadapo no umbigo, pés descalços depois da sessão ou qualquer besteira aprendida não terá efeito algum, além de servir de alegorias clínicas, que com certeza limitaram seu desempenho!
Na prática a teoria deve ser consistente, para que a seleção dos pontos sejam assertivas e de acordo com o contexto e objetivos traçados anteriormente.
Por isso sabendo da semelhança do caso com o TOC, com certeza eu começaria, minha conduta atendendo as demandas neurológicas caracterizadas por uma condição singular de produção e inibições neuronais que perfeitamente poderiam ser ativadas com pontos especiais selecionados a dedo.
Provavelmente você ainda não saiba, mas uma combinação de pontos, segue um sistema único de referências, que visam qualificar a energia terapêutica de maneira que seus efeitos práticos sejam distribuídos a diversos sistemas fisiológicos.
O cenário neural montado diante dos meus olhos abre a possibilidade ajudar quem nem percebe o quanto necessita de tal auxílio. Assim eu faria pelo menos no início do programa terapêutico que levaria pelo menos 10 meses para ser completado integralmente (técnica 40/10/10).
No cérebro a razão encontra os entraves para manter a lucidez, de qualquer ser humano. No entanto, pacientes com as características de um stalker, teriam áreas afetadas que impediriam essa função ser desempenhada de modo satisfatório.
Córtex Frontal: perde a capacidade julgar o certo e errado, decidir e planejar (fígado).
O giro do cíngulo anterior é deficiente em substâncias que permitem o reconhecimento do afeto, necessário ao reconhecimento de suas ações em relação ao outro e vice e versa.
O giro do cíngulo anterior é deficiente em substâncias que permitem o reconhecimento do afeto, necessário ao reconhecimento de suas ações em relação ao outro e vice e versa.
Núcleos basais e de recompensas são deficientes em termos funcionais e por isso serotonina e dopamina são raras por ali, deixando a satisfação e prazer sempre para amanhã que nunca chega!
Assim eu faria para atender um paciente Stalker como o personagem Martha da série Bebê Renna:
Quando o objetivo terapêutico for acionar áreas cerebrais, é necessário compreender exatamente as regiões cerebrais comprometidas, bem como os pontos que satisfazem esses neurônios.
Para estimular o córtex pré frontal os pontos Vb14, Vb13 e Vb15 são os mais indicados. No entanto, suas bases elementares funcionam melhor quando estimulados com ELETROACUPUNTURA.
No caso de um stalker seria indicado os pontos IG4, F14 e VC14 combinados para formular os elementos necessários para estimular a produção de ocitocina, serotonina e dopamina.
Essas 3 substâncias precisam trabalhar em conjunto para produzirem no cingulado anterior os estímulos necessários a transdução dos sinais de afeto e emoções reais sobre as interações pessoais.
O comportamento stalker parece buscar prazer sem se importar com a realidade envolvida com o outro. Assim, essa linha que separa os personagens, é rompida para a compulsão ser acionada.
A busca por fontes de prazer e satisfação desajustadas pelos processos neuroquímicos locais e de regiões superiores, só dificulta as coisas. Nesse sentido, os pontos: Cs5, Cs6 são os mais indicados para estimular a produção da serotonina.
Enquanto os pontos R4 e Vb21 estimulam a produção de dopamina. Os dois juntos modulam o comportamento destinado a busca do prazer e satisfação.
