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O dia que atendi uma égua

O dia era uma quinta feira de calor intenso que fazia a tampa da moleira suar, igual marmita universitário. Estava na minha clínica longe daqui, sentado na minha sala me preparava para mais uma tarde de atendimentos, quando….

o telefone toca…

uma aluna, veterinária me ligava perguntando se eu teria disponibilidade de atender uma égua! Na hora eu pensei: que história é essa, e lá cavalo faz acupuntura?

só lembro dela perguntar, “o senhor atende, né?!”

eu disse: sim, claro tenho muito experiência, inclusive!

sem pensar nas consequências, deixei minha autoconfiança com as agulhas agir no meu lugar! Mas pensei bem, melhor não estragar minha breve carreira….

…pensei agora não pra desistir, o jeito é cobrar caro e torcer pra ela não aceitar!

assim fiz! Cobrei um salário mínimo pra ir lá atender a éguinha, prima da Pocotó!

Certo que ela não iria aceitar… ela, pergunta pro patrão dela e pra minha surpresa, ela fala: professor tudo certo então, meu chefe disse que se você tiver sucesso, vai ter seu salário dobrado!

me ferrei-me!

o grande dia chegou, acordei cedo, vesti minha butina, “pus” meu chapéu e encaminhei para a cidade onde a égua morava! 

 

Morrendo de medo, coloquei até uma “xanaia tauie” para ver se dava uma acalmada…

chegando na cidade, liguei pra médica da égua e ela me passou o endereço. Minha ignorância sempre me surpreende… 

 

pensei que estava indo pra uma fazenda normal igual a do meu vô, mas não…cheguei lá, tinha pelo menos umas 37 caminhonete dessas da Yelowstone, um monte de gente chique de bota e chapéu e lá no fundo um monte cavalo e seus cavaleiros e amazonas ao lado tirando foto pra postar no insta.

mas fiquei de boa, pensando: ahh deve ser algum evento pra vender cavalo esse povo nem vai me ver aqui.

logo ativei minha capacidade de adaptação, puxei meu “master ego” de Bradi Piti misturado com Elon Musqui e estacionei meu picante “corsa preto” entre as caminhonetes da Yellowstone.

quando desci do carro pensando que estava descendo de uma caminhonete…

Logo, um “serviçal” veio me pegar….o cara só de pano no corpo  comprava, 3 “corsa” preto. E eu, me achando o fundador da Apple…me encaminhei com o tal pro local do atendimento, ainda pensando que seria só um atendimento!

Chegando lá, vi o quanto tinha me ferrado a mim mesmo… um cavalo preto gigante e ao seu redor umas 97 pessoas…perguntei pro Aroldo (serviçal), “fera, o cavalo em questão, não é aquele preto não, né!?” depois dessa hora, só lembro do Aroldo rindo….

cheguei parecendo um astro do cinema de verdade, as pessoas me olhando como se eu fosse uma estrela, e aos poucos fui percebendo no que havia me metido…

 

…minha mente, falava: como eu consigo fazer isso comigo mesmo? Vai gostar de uma encrenca pra lá…

e como sempre, fiz acontecer…mas antes dei uma de Bradi, pedi pra pessoas se afastarem para não assustar o cavalo…

gente chique é outro nível, antes de terminar de falar, só escutei os passos do povo pra trás… peguei minhas agulhas e perguntei pro peão, “”ô fera” o que nosso cavalo tem?”

O povo meio que riu da minha pessoa, não por perguntar a queixa do cavalo, mas por chamar o peão de fera, uns quinze minutos depois desse momento, é que fiquei sabendo que o “fera” era o dono da bagaço, ele não era só um cara multimilionário, mas um jóquei muito famoso no passado….

E a égua, ahh e a égua…vai vendo!

Depois de mais umas 6 ratas e 12 gafes… comecei atender a eguinha que estava como uma lombalgia crônica e já tinham feito de tudo, e ela não melhorava…mas beleza, isso dai já tinha me acostumado entre os humanos!

O problema foi que o “fera’ chefe no meio do atendimento solta: é dr eu comprei essa égua por 100 mil doláres e ela já participou das olimpíadas…. rapaizzzz, fiquei tonto na hora, acho que foi o sol sei lá…ahaha “como é que esse cara me fala isso agora, no meio do negócio”… suei mais que tampa de marmita, pensei: e se eu fizer merda aqui, vou preso ou vou ter que trabalhar pra ele pra sempre….

mas o pior, ainda não tinha chegado.

em meio ao transe que meu body (corpo em inglês) e mind (mente em inglês) estavam passando, a tal da égua, cavalo, pudrim, eu sei lá, começou a “falsiar” as pernas… pensei: nú, ferrou-se novamente … acho que essa frequência da eletroacupuntura descalibrou no meio do caminho… ou foi o B60; eu não sabia o que era, só pensava em ter que explicar pro meu pai que ia trabalhar numa fazenda pra sempre a modo de pagar um cavalo….

mas em tempo me contive, e coloquei a casa em ordem, e aos poucos a égua foi normalizando, enquanto isso eu explicava o efeito da acupuntura pra platéia que me ouvia atentamente… terminei o serviço, pensei ahh se ela não melhorar, ninguém vai saber mesmo… 

 

ahhaha….uhum

o Cosmos em desafiava mais uma vez…

Eu não sabia mas lá no aras, entre os veterinários, tinha um que era especialista em éguas daquele tipo, o cara tinha sido contratado pelo “fera” só pra cuidar daquela égua… e ele vai, (pura inveja), e me “aparpa” o lombo do animal e olha pro patrão com uma cara de desacoçoado

dai ele vai, aparpa de novo…e vai até o véi dono da bagaça pra conversar em particular…

 

pensei, acho melhor eu inventar uma caganeira aqui e vazar, comecei a sair de fininho em meio a tensão…

quando o escuto uma voz que até hoje me causa arrepios de escutar “ senhor Fabricio”… nessa hora o terceiro brancão acontecia, dali em diante só lembro do barulho das palmas…

Os aplausos são elementos figurativos de um profissional comprometido com seu ideal! Seja seguro e transforme seus atendimentos em um máquina de fazer dinheiro!

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