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005 – A Vigilia Começa

A ordem das sentinelas é servida e faremos um revezamento prussiano dessa vez. Esse tipo de vigília é feito em dupla e a disposição é mais distante que o tradicional feito por outros tipos de guarda noturna. E como sempre minha rotina noturna é usada para os dois primeiros turnos. 

            Pessoas como eu funcionam melhor nesse horário. Nessa hora nada passa sem meu conhecimento. E o primeiro sono é o mais importante para quem precisa estar com a mira em dia para o alvo que se aproxima. 

            Em boa companhia sigo para o interior da mata fechada. Vamos montar guarda próximo ao pântano que tradicionalmente é utilizado pelos inimigos. Nessa região o calor do verão é alento para as épocas de frio. A umidade se junta a neblina que não descansa para montar um cenário assustador. 

            Por enquanto o maior perigo é oferecido pelos lobos selvagens que parecem perceber nosso movimento. Eles atacam em manada e parecem treinados para matar quem ousa ultrapassar seus limites. Os nativos são alvos fáceis deles. Mesmo com toda experiência secular todos tem histórias pra contar sobre esses animais.

            Minha mira é posicionado junto ao rosto deitado com o corpo no chão molhado. As folhas montam o disfarce enquanto no alto as luzes começam a brilhar mais ainda. Não há tempo para distração. O foco é modulado para cima, enquanto os lobos tentam nos intimidar. E assim seguimos por aqui nesse momento tenso para maioria que não se atreve passar nem perto desse que é sem dúvidas o pior dos locais para estar. 

            Em tempo os grilos chegam e o silêncio dos lobos me atenta para seus propósitos. No chão meu alvo é deslocado. Em ordem tento discernir os estímulos para encontrar algum vestígio de passos. O foco muda a rota para os ouvidos e sem muito esforço percebo algo de quatro patas se aproximando. 

            O estímulo das patas é leve parecem saber exatamente o que estão fazendo. Junto a pisada macia os lobos passam pelas plantas rasteiras sem fazer barulho. O soldado que me acompanha sente algo estranho, mas não entende ainda o que seja. Nesse momento eu detecto sua distância e sinalizo quantos são e a que distância estão. 

            Temos companhia e parece ser muitos. Pelo menos 20 lobos seguem rumo ao acampamento lentamente há 2 quilômetros de distância. Em código o rádio passa mensagem aos que permanecem acordados. O aviso é dado e o chefe emite o sinal de abate. Em breve estaremos a salvos!

            De forma especial posiciono minha arma para o líder que se aproxima a direita. Sabemos que sem sua liderança todos os outros perdem a referência e sairão correndo. O nativo treme nesse momento. Essa parece ser sua primeira caçada!

            Um belo e certeiro tiro é dado. No ato, o líder cai enquanto alguns deles correm dali. Aos arredores da vítima outros lobos chegam saindo da floresta. Esses não estavam na conta. Parece que o problema não foi eliminado. E num piscar de olhos somos cercados por outra matilha que chegava pela borda do lago que nos cerca. 

            Meu parceiro é mordido seriamente enquanto mais dois deles caem no chão. Deitado me arrasto para cuidar do nativo. Enquanto isso dois lobos me pegam pela perna e tentam arrastar meu corpo para dentro do lago. Mesmo usando toda minha força e artimanha não consigo tira-los. O fim é próximo demais. 

            A dor na perna me faz lembrar rápido de um passado distante. Os segundos se transformam em dias para quem foi abocanhado rápido demais. Os cortes são profundos a perna grita jorrando lágrimas de sangue por todo lado. Pulso é consultado enquanto mais alguns são alvejados. No caminho para o céu parece existir alguma parada entre os mundos no qual começo a ver coisas que não estavam ali até então. 

            Quando de repente escuto os passos maldados de quem precisava me salvar. Fui salvo pelos que se preocupam com quem sai e não volta no tempo certo. Sempre fui pontual demais para ser deixado aqui como um presunto de padaria. Red face aparece com suas facas, enquanto de longe Aquamem acaba com aqueles que me tinham em suas bocas. 

Eu desmaio….

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